
A cada dia, aparece um sistema
novo de segurança mais caro e mais sofisticado. Monitoramento pela internet,
alarmes, rastreadores, produtos de alta tecnologia e vigilância 24
horas, tudo funcionando bem enquanto o cidadão está dentro de casa, mas quando
sai para a rua, nada resolve. Quanto mais sistema de segurança, menos seguro
você está. Antigamente, não havia sistemas de segurança nas residências, e
muitas casas não tinham nem sequer muros.
Acredito que o responsável pela
situação atual do Rio foi o abandono governamental e a falta de apoio
institucional aos profissionais de segurança que trabalham no estado. O que
vivemos atualmente é uma ausência de políticas de segurança pública no Rio de
Janeiro.
O que era bonito não é mais
tão maravilhoso aos olhos dos cariocas.

Até então, os condomínios fechados
propagavam um estilo de vida seguro com lazer e conforto. Os prédios com os
muros, cercas, câmeras e portões davam aos seus moradores, uma sensação de
segurança. Mas a insegurança se instalou de vez. Os arrastões têm sido
frequentes em bairros nobres do Rio. A cidade se dividiu e o direito de ir e
vir acabou.
Atualmente, existem dois tipos de
condomínios no Rio de Janeiro, os cercados pelos moradores ou os cercados pelo
tráfico. O primeiro tipo é consequência do segundo, uma solução para garantir a
segurança que o governo não garante.
As discursões são muitas, mas o
momento é de reflexão sobre a necessidade de um plano de políticas públicas que
dê condições de moradia, além de acesso a estruturas de saúde e educação plenas
a todos. Enquanto os governos não se engajarem em planejamentos capazes de
reduzir as desigualdades, não haverá solução para falta de segurança.
(Por Luiz Martins)
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