O Rio de Janeiro apresenta
uma paisagem urbana que se aproxima daquelas apresentadas pelos países de mais
baixo índice de desenvolvimento no mundo.
Em
uma vista panorâmica na maioria das favelas do Rio, observa-se que as
desigualdades mostram os problemas gerados pelas diferenças nas formas de
construções de moradias e do ambiente urbano criado pelos diferentes grupos
sociais.
É
fácil verificar que nunca houve, por parte dos governantes, políticas públicas
habitacionais, em especial associadas ao processo de favelização. Uma
cidade sem projetos urbanos, marcada pela ausência da integração governamental
em áreas metropolitanas.
A
desigualdade entre as construções mostra a disparidade das classes sociais, que
se tornou o maior problema da cidade do Rio. O estado tem sofrido muito com
essas diferenças. A harmonia entre as classes acabou. Hoje, existe uma
barreira entre as comunidades e os condomínios sofisticados. Ao longo dos anos,
o relevo do município do Rio de Janeiro se transformou em uma paisagem com dois
lados: de um lado, os prédios luxuosos, bem estruturados, com ruas bem cuidadas
e com sistemas modernos de segurança; do outro, um modelo sem planejamento, com
ruas estreitas e muitas delas sem saídas. Além disso, as casas nas comunidades
de baixa renda são adaptadas para uma possível expansão vertical baseada no
aumento familiar.
Até então, os condomínios fechados propagavam um estilo de vida
seguro com lazer e conforto. Os prédios com os muros, cercas, câmeras e portões
davam aos seus moradores, uma sensação de segurança. Mas a insegurança se
instalou de vez. Os arrastões têm sido frequentes em bairros nobres do Rio. A
cidade se dividiu e o direito de ir e vir acabou.
Atualmente, existem dois tipos de condomínios no Rio de Janeiro,
os cercados pelos moradores ou os cercados pelo tráfico. O primeiro tipo é
consequência do segundo, uma solução para garantir a segurança que o governo
não garante.
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