Os altos índices de desigualdade
registrados na América Latina e no Caribe impedem uma melhora no
desenvolvimento humano dos países. A conclusão é do relatório de
desenvolvimento humano para a região, publicado pelo Programa das Nações Unidas
para o Desenvolvimento (PNUD).
A desigualdade entre as
construções mostra a disparidade das classes sociais, que se tornou o maior
problema da cidade do Rio.
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A América Latina e o Caribe
formam a região mais desigual do mundo, onde estão dez dos 15 países com maior
diferença entre ricos e pobres. O Brasil aparece em terceiro lugar no ranking
da região, atrás da Bolívia e do Haiti.
O relatório do PNUD alerta que a
desigualdade, sobretudo na América Latina e no Caribe, é algo herdado, que
passa de geração em geração. Ela pode ser transferida, por exemplo, por meio do
nível de educação dos pais – capaz de determinar, na maioria dos casos, o dos
filhos, e assim por diante.
Fatores como políticas abusivas
de cobrança de impostos também entram na lista. Os mais pobres não geram em
seus filhos aspirações de ir mais adiante, mas o sistema político também tem
responsabilidade na reprodução da desigualdade, uma vez que, proporcionalmente,
pessoas de baixa renda pagam mais impostos que os de alta renda.
Segundo o PNUD, para acabar com
ciclo vicioso, é preciso ter educação de qualidade, harmonizar oportunidades e
possibilidades de se distanciar da pobreza e da miséria, articular tudo isso
com políticas de gravidez na adolescência, com uma reforma fiscal na qual não
somente se cobra mais das pessoas ricas mas se devolve os impostos, em forma de
serviços, aos mais pobres.
Programas de transferência de
renda como o Bolsa Família são citados pelo PNUD como um importante esforço
para melhorar os gastos, já que resultam em uma melhor distribuição de renda.
(Por Luiz Martins)
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