Agregando diversão e aprendizagem por (Professor Edson Paiva).
Esta resposta deve ser muito bem vinda por todos educadores
que atuam em sala de aula no ensino fundamental. Mas, mediante a dura realidade
parece estar distante de se tornar uma realidade, não é? Errado!
O professor regente tem inúmeros problemas e inúmeras
possibilidades pedagógicas diariamente. E, a partir da observação dos problemas
é possível usar a criatividade para sanar tal dificuldade no aluno, seja
cognitiva, ‘’indisciplina’’ ou comportamento. Cada caso é um caso, não há
receita mágica, claro. Porem, as tentativas devem ser incansáveis.
Atuando no 6 ano Experimental neste ano de 2017, numa turma
bastante heterogenia, com grandes discrepâncias no nivelamento cognitivo- 40
alunos. Atuei incansavelmente com diversas tentativas/ possibilidades quase que
diariamente para poder reunir diversão e aprendizagem. É importante entender
que, quanto mais atualizado o regente estiver, mais condição, mais
possibilidades poderá utilizar em sua prática de ensino.
Em 2016, também com 6ano Experimental, a partir de julho
iniciei uma pratica de Xadrez em sala de aula. Percebi que um número expressivo
de alunos se interessou em participar. Foi tão interessante a inclusão do
Xadrez nas aulas que ao final do ano letivo fizemos o 1torneio de Xadrez
Escolar da nossa escola Nair da Fonseca. Na ocasião unimos alunos de 4 turmas
de 6ano da escola. Foi muito bom!
Já neste ano, com a turma de 40 alunos, utilizei de
estratégias bem mais pedagógicas. Planejei o ensino ao jogo; a história do
Xadrez, contos relacionados ao Xadrez; assistimos vídeos sobre o valor e
importância de saber jogar Xadrez, o quão é benéfico ao aluno.
No inicio das praticas havia alunos com conceitos muito
baixos, que estavam com altíssimas dificuldades em alcançar os objetivos
propostos. Contudo, ao nos utilizarmos da valorização da prática de Xadrez e o
quão é de excelência quem sabe jogar Xadrez, muitos alunos se dedicaram tanto,
que facilmente for percebido avanço cognitivo em grande parte. Muitas vezes eu
utilizava de ‘’barganha pedagógica’’- ‘’só entra nos grupos de Xadrez quem
alcançar os objetivos propostos’’.
Não se trata de ser só mais um jogo. O Xadrez utilizado como
ferramenta pedagógica é sim um jogo, mas também é arte, é jogo da memória, é
disciplina, concentração, tomada de decisão, respeito, ética, autoestima e
muito mais.
No ultimo dia 17 de novembro, fizemos a culminância do
projeto Xadrez Escolar- Um projeto de Vida. Dentro do andamento das atividades,
tivemos alunos monitores, os quais monitoravam alunos de outras turmas; assim
foi possível nos utilizarmos no ambiente escolar de ação integrada; os alunos
eram participes do processo de ensino/aprendizagem.
A relevância do projeto foi tanta que o mesmo está embasado
em teorias educacionais. Todos os alunos monitores foram observados individualmente
no processo quais os mesmos adquiririam informações, liberdades, atividades,
valores, a partir da influencia e participação. Isto é aprendizagem
significativa. Ele aprende e percebe a relevância, está ao seu alcance de
imediato a sua utilização e sua pratica. Isto é sócio interacionismo.
A culminância foi em grande evento de Xadrez Humano- as
peças eram os próprios alunos. Um tabuleiro gigante, uma apresentação impar aos
pais, aos alunos de outras turmas que se impressionaram com a inovação. Com
certeza o xadrez escolar interage com o meio externo, sai da teoria e se torna
pratica, ao mesmo tempo que é possível aguçar a relação mediada por sistemas
simbólicos. No xadrez escolar há interdisciplinaridade, há amadurecimento da
percepção, atenção é memória. E tudo isto com muita diversão.
Edson Paiva - Educador e Ativista Cultural.
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