segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Fronteiras invisíveis

A cidade do Rio de Janeiro está dividida em trechos: há alguns que ainda se pode passar e outros não. O direito de ir e vir na cidade está cada vez mais escasso. Atualmente, existem dois tipos de condomínios no Rio de Janeiro, os cercados pelos moradores ou os cercados pelo tráfico. O primeiro tipo é consequência do segundo, uma solução para garantir a segurança de seus moradores.

 Vivemos sitiados. 

A violência está cotidiana. A intensidade de confrontos entre policiais e traficantes, ou entre próprios traficantes, aumenta a cada dia. A população não sabe como viver, escolas e centros de ações sociais são fechados. Alguns projetos sociais que ainda resistem nas comunidades são mantidos por instituições, igrejas ou associações de moradores sem qualquer apoio dos três governos. 

Hoje, o que impera é a lei dos traficantes. Todas as normas são ditas por eles. Garantem seu império através da violência e do monopólio dos serviços básicos da região. Ou seja, não há espaço para o governo. 

É necessário um plano de políticas públicas que dê condições de moradia e acesso a estruturas de saúde e educação plenas a todos; e, principalmente, que assegure a segurança da população do Rio de Janeiro para que o povo não continue vivendo à margem das fronteiras invisíveis. 

Por Luiz Martins
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