Aprovado no dia 22/06, na Câmara Municipal do Rio, o Projeto Reviver Centro conta com benefícios fiscais, flexibilização de normas de construção, programas de aluguel social e investimentos diretos com o objetivo de recuperar o espaço público da capital.
Centro do Rio - Foto: Luiz Martins |
O projeto, que busca recuperar a vitalidade do Centro do Rio por meio de incentivos ao uso residencial e misto, teve sua primeira metade votada e aprovada por 36 votos favoráveis. A proposta recebeu 126 emendas, mais de 40 foram incluídas no texto final que segue para sanção do prefeito Eduardo Paes (PSD). Das emendas aprovadas, há a garantia de maior destinação dos recursos arrecadados para o Centro e desburocratização da operação interligada. Além do aumento percentual de desconto no valor da contrapartida que as construtoras pagarão à Prefeitura para construir em outras áreas da cidade na Operação Interligada, quando o investimento no Centro for feito na região da Central do Brasil. O artigo incluído pelos vereadores amplia de 40% para 60% o desconto no valor da contrapartida.
Projeto em Andamento.
Uma das etapas do Projeto Reviver Centro já está em andamento. As ações de ordenamento, realizadas inicialmente no Boulevard Severiano Ribeiro, na Praça Marechal Floriano (Cinelândia) e no trecho da Avenida Rio Branco do Passeio à Avenida Almirante Barroso, foram estendidas à área da Avenida Rio Branco até o Edifício Central. Essas ações consistem em coibir qualquer atividade de comércio ambulante; guarda ou armazenagem de quaisquer bens, mercadorias, móveis e objetos de uso pessoal; usos de moradia; preparação de alimentos para quaisquer finalidades; condutas e práticas que, por sua natureza ou interesse, tenham por efeito prejudicar as funções reservadas a bancos de uso coletivo, abrigos de ônibus, acessos do metrô, canteiros, monumentos, escadarias e calçadas em geral, ou inibir o perfeito compartilhamento de quaisquer equipamentos e espaços com outros cidadãos; distribuição de folhetos; publicidade irregular; emissão sonora irregular; colocação irregular de quaisquer objetos e equipamentos na calçada, ainda que por curto período; e desvirtuamento de bens públicos em geral.
Praça Mauá - Foto: Luiz Martins |
Quem trabalha na região já consegue ver as mudanças. Um empresário que trabalha em um escritório no Edifício Avenida Central, localizado entre a avenida Rio Branco e o Largo da Carioca, afirmou que ficou feliz em ver o Centro após as ações. “Eu não tinha essa sensação vendo o Centro do Rio há muitos anos."
Novo Residencial já é sucesso.
Em 4 dias, novo residencial da Zona Portuária vendeu 360 unidades. Na primeira fase, 470 apartamentos foram colocados à venda.
O condomínio, próximo à Rodoviária Novo Rio, terá três torres de 20 andares, com estúdios, apartamentos de um quarto, de dois quartos e de dois quartos com suíte. Os imóveis custarão de R$ 195 mil a R$ 400 mil, e devem atrair um público com renda entre R$ 6 mil e R$ 11 mil.
A expectativa dos especialistas é que o forte viés histórico e cultural da região, aliado aos empreendimentos modernos que serão lançados, deverão atrair muitos novos moradores para a zona portuária. Além disso, a vontade de muitos moradores de outras regiões em reduzir o tempo perdido com o trânsito e a possibilidade de mudar-se de regiões conflagradas contribuirão para o desenvolvimento local.
Zona Portuária - Foto: Luiz Martins |
“É algo como vender 90 unidades por dia. ‘O Porto Maravilha fracassou’. Sei.”, celebrou Washington Fajardo, secretário de Planejamento Urbano.
É o início da revitalização do Porto Maravilha e do centro do Rio. (Por Bruna Martins).
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