No Dia Mundial do Meio Ambiente, foi lançado no Museu do Amanhã o Plano de Desenvolvimento Sustentável. Um pacote climático com metas para próximas décadas e Rio+30 Cidades como marco.
Museu do Amanhã - Foto: Luiz Martins |
O Secretário municipal do Meio Ambiente, Eduardo Cavaliere diz que são medidas de esperança, que incluem a criação de novas florestas, enquanto se combate a expansão urbana irregular.
Expansão Urbana Irregular - Foto:Luiz Martins |
RIO - Num Rio desafiado por dramas como deslizamentos, enchentes e tragédias como a da última quinta-feira, quando um prédio irregular desabou em Rio das Pedras, pensar num futuro em que essas vulnerabilidades sejam reduzidas é um dos pontos centrais de um pacote climático que a prefeitura anuncia neste sábado, Dia Mundial do Meio Ambiente, no Museu do Amanhã. Secretário municipal de Meio Ambiente, Eduardo Cavaliere explica quais são as ambições, que incluem como marco a realização do evento Rio+30 Cidades, em março de 2022, e apresenta um Plano de Desenvolvimento Sustentável e Ação Climática (PDS), que estabelece metas até 2030 e 2050.
Construção Urbana Irregular - Foto: Luiz Martins |
Conforme evoluímos nessa política, quando a gente aponta para essa restauração, colocamos no plano, de forma ambiciosa, que até 2030, além de cuidar e manter de nossos 3.200 hectares já reflorestados pela secretaria no Rio, vamos consolidar mais 1.200 hectares selecionados entre as áreas verdes mais maduras com potencial de se transformarem em florestas. Na Zona Oeste, por exemplo, a pressão de avanço da cidade é muito forte. Serão criadas quatro florestas na região, num corredor verde do Maciço de Gericinó à Serra de Inhoaíba, incluindo a Serra da Posse e a Floresta do Camboatá (o que encerraria de vez a polêmica sobre o autódromo de Deodoro). Além de (conter o) risco de pressão imobiliária, contemplamos questões como proteção de nascentes. É uma forma também de promover o acesso das pessoas aos recursos naturais.
Parque do Gericinó - Foto: Luiz Martins |
O pacote aponta algumas regiões que estão mais suscetíveis, por exemplo, às mudanças de marés, que são desdobramentos dessa emergência climática. Esse aumento do nível do mar impacta muito nas nossas bacias, nos rios e lagoas. A Baía de Sepetiba, em dia de maré alta, hoje já avança no território. Precisamos tratar as regiões mais suscetíveis como prioritárias nos debates de política habitacional ou atendimento àqueles que mais precisam. As Vargens e Rio das Pedras? Têm risco. O Jardim Maravilha (em Guaratiba) é o maior problema de alagamento da América Latina.
Baía de Sepetiba - Foto: Luiz Martins |
Rio 92 e Rio+20 foram conferências da ONU, entre nações, cada uma com seu marco simbólico. Rio+30 será uma conferência de grandes cidades, na última semana de março de 2022. No mesmo ano, acontece Estocolmo+50, que será a conferência das nações da ONU para discussão climática. Estocolmo não é o melhor lugar para tratar assuntos como o avanço em saneamento em grandes cidades. O Rio é. A Rio+30 consolida conquistas da Rio+20 e sinaliza um passo adiante. A discussão agora é implementação. E implementação acontece nas cidades.
Praça Mauá - Foto: Luiz Martins |
Nunca foi tão estratégico para as cidades discutir parques, espaços verdes, áreas de lazer e convívio em locais abertos. O Rio tem muitos desses espaços, mas precisa ter mais, principalmente nas zonas Norte e Oeste. Estamos fazendo um projeto do Parque de Realengo e planejamos um parque no Engenho de Dentro.
Parque Pedra Branca - Foto: Luiz Martins |
Também está sendo discutido o Parque Sustentável da Gávea. Depois da pandemia, o debate de parques urbanos ganhou uma importância estratégica para qualquer cidade, diz o Secretário municipal do Meio Ambiente, Eduardo Cavaliere.
(Por Luiz Martins).
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