Foi apresentado nesta quinta-feira (6/11), na Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, o projeto do Autódromo Parque de Guaratiba, novo complexo automobilístico que será construído na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
O empreendimento, com investimento privado estimado em R$ 1,3 bilhão, terá capacidade para 120 mil pessoas e ocupará uma área de 2 milhões de metros quadrados. A inauguração está prevista para 2028.
A proposta se tornou viável após a sanção da lei que instituiu a Operação Urbana Consorciada do Autódromo, responsável por definir diretrizes urbanísticas e ambientais para a área. O objetivo é devolver à cidade um circuito internacional capaz de sediar competições de grande porte, como Fórmula 1, Fórmula Indy e motovelocidade.
Durante o evento de apresentação, o prefeito Eduardo Paes (PL) destacou o impacto econômico do projeto:
“Tornar o Rio mais internacional é bom para a economia da cidade, é bom para quem mais precisa. Gera mais empregos. Esse é o objetivo com esse autódromo. Agora o desafio é trazer de volta a Fórmula 1, a motovelocidade, a Fórmula Indy.”
O presidente da Câmara Municipal, Carlo Caiado (PSD), ressaltou a importância da cooperação entre os poderes públicos:
“O autódromo é mais um equipamento que contribui para o Rio de Janeiro ser um destino de grandes eventos. Esse projeto mostra que os poderes, embora independentes, são harmônicos. É uma vitória da união e do trabalho conjunto pela cidade.”
Obras começam em 2026
Atualmente, o projeto está em fase de licenciamento ambiental. A previsão é de que as obras tenham início no primeiro trimestre de 2026. O autódromo será construído na Avenida Dom João VI, nas proximidades da Estação Mato Alto do BRT Transoeste. Este será o primeiro circuito do município em 13 anos, desde a demolição do Autódromo de Jacarepaguá, em 2012, para a construção do Parque Olímpico do Rio, utilizado nos Jogos de 2016.
Estrutura e contrapartidas
O circuito principal terá 4,71 quilômetros de extensão e poderá ser configurado em até 11 traçados diferentes, o que permitirá a realização de múltiplas categorias automobilísticas. O complexo também incluirá kartódromo, áreas para testes de direção urbana e off-road, clube de membros, amplo estacionamento e parque público com ciclovias e preservação de um manguezal de 43 mil metros quadrados.
Como contrapartida, os empreendedores deverão construir uma escola pública e uma nova estação do BRT Transoeste.
O projeto é liderado pela Genial Investimentos, com gestão inicial da Rock World, empresa responsável pela organização do Rock in Rio. O desenvolvimento técnico e conceitual está a cargo da Populous, escritório de arquitetura que assina projetos como o Tottenham Hotspur Stadium, em Londres, e o Circuito de Silverstone, no Reino Unido. Por @luizgmartins
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