UERJ e FAETEC - De referência à decadência

UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, uma das maiores e mais prestigiadas universidades do Brasil e da América Latina. Possui campi em 7 cidades do estado, sendo o maior deles localizado no bairro do Maracanã, na cidade do Rio de Janeiro. Pioneira nos cursos de medicina, geologia, direito, entre outros, chegando a figurar entre os melhores cursos do país. Excelência na formação de professores. Os cursos de engenharia, história, geografia, jornalismo, letras e economia são referência no país, segundo o Guia do Estudante. Sua Faculdade de Direito também já formou egrégios nomes, tais como Ricardo Lira, Luiz Fux, Otávio Leite, Sérgio Campinho, Wadih Damous, Luís Roberto Barroso e Selma F. Franco. Seu Instituto de Física também se destaca e é considerado um dos melhores do mundo.

FAETEC - Fundação de Apoio à Escola Técnica, responsável pela implementação da política de Educação Profissional e Tecnológica pública e gratuita no Estado do Rio de Janeiro. A FAETEC, vinculada à Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia, criada em junho de 1997, atende cerca de 300 mil alunos por ano em mais de 130 unidades de ensino. É referência no ensino técnico de nível médio e na formação inicial e continuada de qualificação profissional. Foi considerada uma das escolas técnicas mais importantes do país, com inovações tecnológicas, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social dos municípios fluminenses.

Como que duas instituições respeitadas e importantes do estado chegaram a uma situação tão deprimente?

O descaso do governo do Rio de Janeiro e a crise neste estado contribuíram para que estas instituições chegassem a este ponto. Grande parte dos serviços terceirizados foram cortados e muitos equipamentos não funcionam há muito tempo. Elevadores quebrados, sistema de ar condicionado sem funcionar, aliados à redução e ao sucateamento da zeladoria e manutenção, transformaram os prédios das instituições de orgulho à vergonha em poucos anos. Semana passado um elevador da UERJ despencou deixando um servidor ferido.

A falta de política interna de recursos humanos e os constantes atrasos de pagamento dos servidores transformaram as instituições em um lugar vazio, sujo e melancólico.

Nem mesmo os esforços de alguns servidores são capazes de manter uma aparência de funcionamento das instituições. Estes acontecimentos fazem com que as instituições percam seus prestígios perante ao público. A falta de informação por parte do governo piora ainda mais a situação. Os servidores de muitas áreas trabalham de forma preocupada, sem saber quando receberão seus salários. 

Os servidores da UERJ e FAETEC não aceitam assistir passivamente suas instituições na situação atual. Tanto a UERJ quanto a FAETEC têm servidores e professores competentes com capacidade de fazer com que as instituições voltem a ser as mais importantes para a sociedade fluminense à altura de suas relevantes missões. Só falta o governo entrar no jogo e não deixar que os ensinamentos mais importantes do estado cheguem ao fim.