Durante
muitos anos, os jornais impressos eram os principais veiculadores de notícias
nos quatro cantos do mundo. Naquela época, os jornalistas e os repórteres eram
os únicos responsáveis pela busca das notícias, pois havia a necessidade de
checar a veracidade da fonte.
Embora
o direito à liberdade de expressão esteja na Constituição em seu artigo 5,
inc, IX, ela deixa de existir se estiver em rota de colisão com outros
direitos fundamentais, como o caso da dignidade humana, da intimidade, da
vida privada, do direito à vida, entre outros.
Contudo,
a revolução digital ampliou e diversificou a comunicação através das redes
sociais e os direitos fundamentais (como a ética) na divulgação de notícias
deixaram de existir. O jornalista continua sendo insubstituível neste
seguimento, mas as regras que orientam a sua atividade diária já não são mais
as mesmas.
O
crescimento da oferta de informações tornou obsoleta a função do jornalista de
coletar, checar, formatar e distribuir notícias, tudo o que caracterizava o
trabalho importantíssimo dos jornalistas durante muitos
anos. A nova realidade digital está impondo ao jornalista a missão de dar as
notícias mesmo sem checar a fonte, pois alguém divulgará primeiro em alguma
rede social.
Em outras palavras, há a necessidade de gerar notícias para alimentar o veículo oficial de comunicação, pois o quantitativo de divulgação na mídia supera as expectativas. O jornalista deixou de ser o operário na linha de montagem das notícias e passou a ser um colhedor de dados. Está na hora de o jornalista rever a sua rotina de trabalho e seus valores profissionais e de comportamentos. Com o aumento da indústria de jornais e revistas virtuais, o jornalista terá que trabalhar pensando cada vez menos em ética e mais nas necessidades de divulgar notícias.
Responsabilidade
A diferença entre um veiculador de notícias virtuais e um jornalista é que este não transmite somente fatos, ele leva ao conhecimento dos leitores os males praticados contra o povo como o descaso em relação aos direitos e deveres dos cidadãos.
Já
que somos adultos, nossa proposta é continuar trabalhando com responsabilidade
para que a nossa missão seja alcançada plenamente.
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