Sediar os Jogos Olímpicos era um
sonho dos cariocas. Por isso, quando o Rio foi o escolhido, a prefeitura da
época e seus apoiadores investiram na melhoria da cidade como um todo. Com
isso, foram desenvolvidos diversos projetos envolvendo transporte e
infraestrutura, visando benefícios de curto, médio e longo prazo, aos moradores
e visitantes nos anos vindouros, não só na época das Olimpíadas.
Durante as Olimpíadas Rio 2016, os jornalistas credenciados do Rio Media Center (RMC), contaram com as "press areas", que foram espaços
reservados pela Prefeitura do Rio em pontos estratégicos da cidade, a fim de
facilitar transmissões ao vivo com fundo livre e visual privilegiado.
Vista do Pão de Açúcar feito de uma Press Área - Foto: Luiz Martins |
Desde o início dos jogos
olímpicos, a equipe do Jornal Impacto foi credenciada para a cobertura do
evento a fim de registrar as obras e a transformação da cidade. O objetivo
principal da prefeitura do Rio era fazer os jogos de forma eficiente e deixar
um legado tangível para a cidade e seus moradores, com instalações com padrões
de excelência para a prática esportiva e que agradaram todos que participaram e
se envolveram com os eventos olímpicos.
Passadas as Olimpíadas, grandes
obras da Zona Oeste foram abandonadas.
Porém, o legado não seguiu o seu
destino com a mudança de comando. A falta de conservação atingiu, por exemplo,
o Centro Aquático de Deodoro, na Vila Militar. A piscina, que teve grandes
competições, possui atualmente diversas partes de suas paredes caídas e sofre
com problemas estruturais, que ocorrem pela falta de conservação do local.
Piscina Olímpica de Deodoro - Foto: Luiz Martins |
Parque Radical de Deodoro
abandonado.
Outra grande obra abandonada, o
Parque Radical teve várias consequências do abandono das autoridades públicas.
Parque Radical de Deodoro - Foto: Luiz Martins |
O estacionamento tornou-se
depósito de entulho e a vegetação tomou conta das rampas de acesso. A pista do
Centro Olímpico, onde foram disputadas as provas de ciclismo BMX, está cheia de
buracos e as rampas de acesso também foram tomadas pela vegetação.
O estádio de canoagem Slalom, que
fica ao lado, também está abandonado. O parque da água foi a instalação mais
cara dos jogos e virou um “deserto”. Os equipamentos, que formavam as
corredeiras, estão em uma cabine sem portas, sem proteção e sem os devidos
cuidados.
Pista de Canoagem de Deodoro - Foto: Luiz Martins |
Estádio de Deodoro.
Outra obra que foi destruída, o
estádio foi construído dentro de uma área militar, e atualmente está
completamente desmontado.
Estádio de Deodoro - Foto: Luiz Martins |
Pista de Mountain Bike.
A destruição da Pista Olímpica de
mountain biking utilizada durante os Jogos Rio 2016 é, infelizmente, outro
exemplo do abandono das autoridades.
Pista de Mountain Bike - Foto: Luiz Martins |
Arena do Futuro.
A Arena do Futuro, que não teve
futuro algum, foi desmontada pela atual prefeitura do Rio. A Arena do Futuro,
que recebeu os jogos de handebol na Olimpíada e de goalball na Paraolimpíada,
sempre foi exaltada como o grande exemplo do legado olímpico. Foi desmontada
com a promessa de construção de escolas no local, o que ainda não aconteceu,
mesmo após 4 anos do fim das Olimpíadas.
Arena do Futuro - Foto: Luiz Martins |
Velódromo.
Assim como outras instalações olímpicas, o velódromo, que
fica dentro do Parque Olímpico da Barra da tijuca, também está sem funcionar.
Velódromo do Parque Olímpico - Foto: Luiz Martins |
Vila dos Atletas.
A Vila dos Atletas, na Barra da
Tijuca, tem mais de três mil apartamentos de dois, três e quatro quartos que foram
construídos para abrigar os atletas que participaram da Olimpíada e Paralimpíada
Rio 2016, com o objetivo de serem vendidos após os eventos, porém, atualmente,
estão abandonados também.
Vila dos Atletas, Barra da Tijuca - Foto: Luiz Martins |
Abandono e desperdício do
dinheiro público.
O questionamento que fica é: Por
que essas obras públicas estão abandonadas após as Olimpíadas? São construções
que viraram parte da paisagem urbana da cidade do Rio e mereciam cuidados, pois
são patrimônios do povo carioca e fluminense. Grande parte dos abandonos das
obras públicas acontece por incompetência dos governos, que não se importam em
zelar pelo dinheiro público investido nesses locais. São patrimônios
completamente abandonados e, por consequência, deteriorados com o tempo. Os
representantes políticos deveriam ser responsabilizados por esses descasos dos
legados largados por eles. (Por Luiz Martins)
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