segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Um andar pelo Rio Antigo Sacro.

O Rio de Janeiro tem suas belezas naturais, mas conhecer a rica história de seu centro é um privilégio que todos deveriam fazer. Representado por patrimônios sacros, o centro do Rio de Janeiro possui registros de uma cidade que já foi capital do país. O tour pelo Rio Antigo Sacro é uma das oportunidades que temos para abrir um olhar diferente sobre um bairro que, muitas das vezes, passamos sem perceber suas riquezas belas e históricas.

Arquiteturas históricas em meio à modernidade do Rio atual.

Representando o Jornal Impacto, Bruna Martins participou desse tour oferecido pela RioTur em parceria com o Rio Media Center, que começa contando um pouco a história do Rio de Janeiro nos Arcos da Lapa. Localizado no bairro da Lapa, considerada como a obra arquitetônica de maior porte empreendida no Brasil durante o período colonial, os Arcos foram construídos para distribuir a água do Rio Carioca até a população, é hoje um dos cartões postais da cidade com seu passeio de bonde.

Os Arcos da Lapa e o Bondinho.

Saindo da Lapa, o trajeto continua até a Catedral Metropolitana, também conhecida como a Catedral de São Sebastião, o padroeiro da cidade. A Catedral, uma das mais belas do mundo, tem formato cônico e moderno. Os vitrais coloridos das paredes até a cúpula e a grande cruz no teto dão a beleza máxima da Catedral.

A entrada da Catedral.
O lindo interior da Catedral.

Na próxima parada, a famosa Rua do Lavradio, rua esta que proporciona, todo primeiro sábado do mês, a já famosa feira de antiguidades. A Rua do Lavradio foi aberta pelo 2° Marquês de Lavradio que mandou construir a sua residência na rua onde promovia muitas festas e reuniões sociais como forma de compensar as poucas opções de lazer da capital da Colônia. Atualmente, a construção abriga a Sociedade Brasileira de Belas Artes.

A casa rosa, antiga casa do Marquês de Lavradio.
A famosa Rua do Lavradio.

Seguindo pela Praça Tiradentes, vivencia-se mais um pouco da história do Brasil. O príncipe-regente, D. Pedro de Alcântara, jurou fidelidade à Constituição Portuguesa na imediação da praça, razão pela qual o local tinha o nome de Praça da Constituição. Depois, a Praça Tiradentes recebeu esse nome em comemoração ao centenário da morte de Tiradentes, mártir da independência brasileira, que foi executado próximo à praça. Na estátua em homenagem a D. Pedro de Alcântara, ainda podemos ver quatro símbolos representando os quatro rios mais importantes do país. A praça ainda possui em seu entorno dois dos mais importantes teatros da cidade, o Teatro Carlos Gomes e o Teatro João Caetano. Além da Gafieira Estudantina, uma das casas mais tradicionais de dança de salão do Rio.

Estátua de Dom Pedro de Alcântara com a Constituição na mão.
Os índios simbolizando os quatro mais importantes rios do país.

Ainda perto da Praça, há o Real Gabinete Português de Literatura, tradicional biblioteca e instituição cultural de Portugal. As quatro estátuas que a adornam retratam, respectivamente, Pedro Álvares Cabral, Luís de Camões, Infante D. Henrique e Vasco da Gama. Os medalhões da fachada retratam, respectivamente, os escritores Fernão Lopes, Gil Vicente, Alexandre Herculano e Almeida Garrett. A Biblioteca do Real Gabinete possui a maior coleção de obras portuguesas fora de Portugal. Vale muito a pena a visita.

Fachada do Real Gabinete Português de Literatura.

Perto dali, a Confeitaria Colombo, fundada em 1984, continua sendo uma das casas comerciais mais respeitadas e patrimônio cultural e artístico da cidade. Com um cardápio variado e atendimento de qualidade, é parada quase obrigatória de turistas e moradores.

Entrada da tradicional Confeitaria Colombo.

O tour se encerra na Praça XV, considerada um dos locais mais importantes da cidade do Rio de Janeiro, pois nela ocorreram os acontecimentos mais significativos que afetaram o destino não só da cidade, mas também do país. Foi na Praça XV que D.Pedro I anunciou sua permanência no Brasil, no episódio conhecido como dia do Fico. Também na Praça, a Princesa Isabel sancionou a Lei Áurea abolindo a escravatura. No local, os jornalistas ouviram histórias do Arco do Teles, marco arquitetônico na história da cidade e o que restou da antiga residência da família Teles de Menezes depois do incêndio. O Arco dá acesso à Travessa do Comércio, importante núcleo de imigrantes portugueses no passado da cidade. Ainda na Praça XV, há o Paço Imperial, construído para residência dos governadores da Capitania do Rio de Janeiro, passou a ser a casa de despachos, sucessivamente, do Vice-Rei do Brasil, do Rei de Portugal Dom João VI e dos imperadores do Brasil. Atualmente é um centro cultural muito bonito.

O famoso Arco do Teles.
Paço Imperial.

Em um pequeno passeio por parte do Centro do Rio, percebe-se o quão a cidade é rica em história e o quão importante ela foi para a construção do país. Da próxima vez que visitarmos o centro da cidade, possuiremos um olhar mais encantador pelo bairro. Por isso, aproveitamos a oportunidade para agradecer a gentileza do pessoal da RioTur e os simpáticos guias que nos acompanharam por essa travessia na história do Rio.

Os jornalistas e os guias de turismo.

Para informações sobre o Rio de Janeiro, as Olimpíadas e muito mais, acessem o Jornal Impacto.
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