quarta-feira, 27 de março de 2019

A batata que vale um patrimônio

Considerada a melhor batata frita do Brasil, a batata frita de Marechal Hermes foi declarada Patrimônio cultural imaterial. 

A melhor batata frita do Brasil
O projeto de Lei do Vereador Professor Adalmiro, foi aprovado em dezembro de 2018.  Patrimônio cultural imaterial ou patrimônio cultural intangível é uma categoria de patrimônio cultural definida pela Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial e adotada pela UNESCO, em 2003. Abrange as expressões culturais e as tradições que um grupo de indivíduos preserva em respeito da sua ancestralidade, para as gerações futuras. De acordo com Unesco, entende-se por Patrimônio Cultural Imaterial "as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas junto com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são associados, que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural."

Ademar - Comerciante e criador da batata de Marechal
Criada há mais de 30 anos pelo simpático Senhor Ademar de Barros Moreira, a batata de Marechal já ultrapassou fronteiras. Durante às Olimpíadas 2016, Ademar chegou a vender 1,4 toneladas de batatas em um dia.

A batata frita de Marechal Hermes, localizada na Zona Norte do Rio de Janeiro ao lado da Estação da SuperVia em Marechal Hermes, é conhecida de toda população do Rio e já faz parte da cultura do subúrbio carioca.

As porções de batatas fritas de Marechal são verdadeiras farturas.
Com valores que variam entre 10, 15, 20, 15, 30 e 40 reais, as porções de batatas vêm acompanhadas de calabresa, bacon, frango e catupiry, que transformam as batatas em uma verdadeira explosão de sabor.

Ademar disse que chega vender em média 800 kg de batatas por dia. Os melhores dias são os finais de semana.  Toda batata é comprada no Ceasa, a principal central de abastecimento da cidade do Rio. As batatas são fritas na hora na frente do cliente, o que faz muita diferença no sabor, segundo Ademar. Uma máquina é responsável pelo descascamento, mas o corte em tirinhas é feito à mão.

Vindo de Jurumirim, em Minas Gerais, o comerciante tem consciência de que parte de sua fama se deve à divulgação pelos jornais e internet, que popularizou as porções generosas com as quais costuma servir os clientes e que transbordam as quentinhas com as quais serve seu público. Para ele, o importante é a abundância. O segredo de tanto sucesso é o tempo que estamos, a amizade que a gente faz e a quantidade de batata que eu boto nas embalagens dos clientes. Não é uma porção pequena, pois o cliente não quer miséria, destaca Ademar.
(Por Luiz Martins)
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